sábado, 8 de setembro de 2012

Um poema para hoje


Se não rainha, princesa!

 

Não nasceu em terras de sua Majestade,

O primeiro olhar quedou-se entre arvoredos

Onde a história ainda decorre

A contar feitos valorosos.

Beira Alta é o seu mundo,

Terra de Besteiros o seu berço,

A poesia o seu altar!

 

Não é de Lencastre nem rainha,

Se bem que Filipa de seu nome.

Princesa sim entre os poetas,

Porque suas armas são os versos.

Canta a natureza, os seus valores,

Da alma transpira sua lira

Que sofre amarguras escondidas.

 

De letras faz a vida,

Constrói a harmonia das palavras

Em ternura e lágrimas que saltitam

Entre escombros que tenta transformar

Em sorrisos cativantes.

É princesa verdejante

Num jardim que não vive só de sombras.

 

Aníbal José de Matos – Tondela, 5 de Setembro de 2012

 

 

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um poema para hoje


Ao tom dela

 

Só, nesta vale onde em tempos

Ao tom dela sangrentos combates se travaram,

Ouço o eco da tua voz

Oriunda lá dos cantos do Casal

Onde esta terra e tu viram a luz do mundo.

 

Mãe,

Assim como preencheste a minha vida

Dando-me o ser,

Aqui, entre besteiros, não a guerra mas sim o teu amor,

Me contemplam, oferecendo-me carinho e paz.

 

Já não estou tão só,

Porque te ouço e diviso os teus passos

Em direcção à minha vida.

Mãe, obrigado por me acompanhares

Na jornada que um dia me levará de novo ao teu seio.

 

E voltarei aos teus braços,

Gritando-te carinhosamente:

Mãe, nunca te esqueci,

E também direi bem alto

Que bom pisar a terra onde nasceste.

 

Aníbal José de Matos, Tondela, 2 de Setembro de 2012.

 

 

 
 
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