quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os barcos da descrença

Além no mar
Passam barcos de descrença,
E as nuvens choram ao vê-los,
Mas ignoras o azul
Com que o astro resplandecente
Há pouco te bafejava.
Essas lágrimas reflectem
Cenários de ondas gigantes
Onde navios sombrios
Mais perto estavam do Céu.
Porque o azul não vem de ti
Mas nasce lá nas alturas.
Sem ironia,
Não és assim tão gigante.

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Aníbal José de Matos, do livro em construção, "TANTOS ANOS"

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