No dia dos teus anos
Silêncio.
Calem-se as
gargantas,
Sufoquem os
tremores da alvorada.
Deixem
nascer o dia,
Deixem
florescer a Primavera,
Que o dia
dos teus anos seja o dealbar de nova era.
Silêncio.
Por um breve
instante deixem que se ergam
Bem lá do
fundo ou do alto não sei donde
As almas que
se reveem no dia dos teus anos
Contemplando
o luzir do teu olhar
Ao raiar da
flor do teu encanto
Silêncio
Por um
momento deixem que não ria
Que solenize
no teu aniversário
Os primeiros
passos duma aurora
Que desponta
para uma eternidade
Bordada de
mil desejos
No dia dos
teus anos
Que nasças
outra vez para que vivas
A vida que
sonhaste.
Sorri agora.
Olvida por instantes
As agruras
que certamente não mereceste.
A vida
talvez mereça ser vivida.
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)
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