Foi uma colaboradora assídua de O FIGUEIRENSE e DEFESA DA BEIRA (ambos jornais fundados por meu tio, Joaquim Gomes d'Almeida). Autora de diversos livros de poemas, dera natural de Sinde - Tábua (Beira Alta) e faleceu em Buarcos - Figueira da Foz.
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A ventura de escrever-te
.
Escrever-te é falar a sós contigo.
Ter entre as tuas mãos a minha mão;
Dar largas ao meu pobre coração
Encostada ao teu peito, doce Amigo.
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Escrever-te – quimera que eu bendigo,
Lenitivo fictício da paixão –
E ir a Deus, humilde, em confissão
Chegar ao Céu e ver-te lá comigo.
.
Escrever-te é sentir-me nos teus braços
Confiada na pureza dos abraços.
Num arroubo de beijos virginais!...
.
Escrever-te … Afinal o meu enlevo
E a ânsia de esquecer que não te escrevo,
Que a mim própria me ilude e nada mais.
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Escrever-te é falar a sós contigo.
Ter entre as tuas mãos a minha mão;
Dar largas ao meu pobre coração
Encostada ao teu peito, doce Amigo.
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Escrever-te – quimera que eu bendigo,
Lenitivo fictício da paixão –
E ir a Deus, humilde, em confissão
Chegar ao Céu e ver-te lá comigo.
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Escrever-te é sentir-me nos teus braços
Confiada na pureza dos abraços.
Num arroubo de beijos virginais!...
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Escrever-te … Afinal o meu enlevo
E a ânsia de esquecer que não te escrevo,
Que a mim própria me ilude e nada mais.
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