Demora
Com
a porta entreaberta, calmamente
Esperei
por ti, mas o momento
De
te abraçar doce e ternamente
Quedou-se
na ilusão como um tormento.
Ainda
sonhei que de mansinho
No
decorrer da noite já fechada
Viesse
até mim o teu carinho,
Mas
tudo se desfez num triste nada.
O
tempo não perdoa e vai passando,
E
a alma não resiste, vai penando,
Porque
a noite é longa, e a esperança
Por
mais que se resista, por mais forte
Que
seja na procura desse norte,
Por
muito que se queira, também cansa.
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