Descalço
Caminho sobre as pedras
Da calçada
Que apesar
De aguçadas não me ferem,
Porque olho mais além
Por cima das estrelas.
Magoam-me, sim, as palavras
Que auguram
Cenários de amargura.
Piso as pedras do caminho,
Como flores
Que desabrocham
E perfumam minha dor.
Porque o meu olhar está distante.
Acaricio a berma das estradas
Que me afastam do choro
Dos que sofrem
Pelas pedras que a vida
Lhes atira
Sem dó nem piedade.
Aníbal José de Matos – Figueira da Foz (Portugal) –
27 de Março de 2010
Esta poesia acaba de ser publicada no blogue "CURRUPIÃO [ave canora do Brasil]", do meu companheiro de S. Paulo - Brasil, Júlio Saraiva.
Grato pela deferência.
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