Fragmentos
Fragmentos de vidas fragmentadas,
Momentos de almas retalhadas.
Havia de tudo na feira das vaidades
Por cima das bancas rentes ao caminho.
O bom e o mau misturados com o indiferente.
O rico e o pobre ambos com ar ausente.
O pecado e a virtude sem marca registada,
Mas a dor estava bem certificada.
O dinheiro circulava a rodos
Cunhado em moedas de duas faces:
A das “caras” estava polida pelo brilho do ouro
E trazia colado o “direito” dos artifícios
Com a razão das leis feitas à medida;
A outra era a dos “cunhos”,
Cunhada pelas arestas do martírio
Dos que sofrem no silêncio das necessidades vitais.
Onde o meu lugar?
Onde a verdade do amanhã?
Haverá outro caminho?
Haverá outra vontade?
Estou só e o mundo não me conhece.
José Saibreira
Fragmentos de vidas fragmentadas,
Momentos de almas retalhadas.
Havia de tudo na feira das vaidades
Por cima das bancas rentes ao caminho.
O bom e o mau misturados com o indiferente.
O rico e o pobre ambos com ar ausente.
O pecado e a virtude sem marca registada,
Mas a dor estava bem certificada.
O dinheiro circulava a rodos
Cunhado em moedas de duas faces:
A das “caras” estava polida pelo brilho do ouro
E trazia colado o “direito” dos artifícios
Com a razão das leis feitas à medida;
A outra era a dos “cunhos”,
Cunhada pelas arestas do martírio
Dos que sofrem no silêncio das necessidades vitais.
Onde o meu lugar?
Onde a verdade do amanhã?
Haverá outro caminho?
Haverá outra vontade?
Estou só e o mundo não me conhece.
José Saibreira
José Saibreira foi geólogo em Angola e professor de várias cadeiras do ramo da Ciência no ensino oficial e particular. Técnico de topografia. Depois de reformado começou a dedicar-se à escrita (romance, poesia, conto e teatro), tendo obtido vários prémios literários.
(In II Antologia de poetas lusófonos-Editada por Folheto)
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