Canção amargurada
Meu amor anda perdido
Perdido ao longe no mar.
Senhora dos Navegantes,
Atendei o meu pedido,
Não o deixeis naufragar!
Ele disse-me ao partir:
“Seca o pranto, vá, Maria,
Que ao pôr-do-sol voltarei.”
E não há meio de vir
O Deus da minha alegria.
Estou aqui nesta praia
Desde que o sol despontou.
Ondas do mar revoltado,
Olhai que o sol já desmaia
E o meu amor não voltou.
Tenho na boca o sabor
Que tem as águas do mar…
Oh! Barquinho “DEUS TE GUIE”
Traze breve o meu amor
Que anda perdido no mar!
O sino, ao longe, na aldeia,
Aumenta-me a nostalgia;
Também tu, sino velhinho,
Fazes tua a minha dor
Chorando de noite e dia.
Já fui perguntar ao vento
Que vem das bandas do norte
Se o meu amor me ouviria
A rezar cheia de alento
P’ra Deus lhe dar boa-sorte.
E ninguém, ninguém responde!
Apenas, na voz das ondas,
O mar parece dizer
Que a vida da minha vida
Não tarda que vá morrer.
Oh! Morte sê carinhosa!
Que seria de mim, a pobre
Maria da Conceição?
Ah! Senhor, antes viver
Sem um bocado de pão!
…………………
Meu amor anda perdido
Perdido ao longe no mar.
Senhora dos Navegantes,
Atendei o meu pedido,
Não o deixeis naufragar!
Fernando Augusto (sócio n.º 365 do Ateneu) - Menção honrosa -
Meu amor anda perdido
Perdido ao longe no mar.
Senhora dos Navegantes,
Atendei o meu pedido,
Não o deixeis naufragar!
Ele disse-me ao partir:
“Seca o pranto, vá, Maria,
Que ao pôr-do-sol voltarei.”
E não há meio de vir
O Deus da minha alegria.
Estou aqui nesta praia
Desde que o sol despontou.
Ondas do mar revoltado,
Olhai que o sol já desmaia
E o meu amor não voltou.
Tenho na boca o sabor
Que tem as águas do mar…
Oh! Barquinho “DEUS TE GUIE”
Traze breve o meu amor
Que anda perdido no mar!
O sino, ao longe, na aldeia,
Aumenta-me a nostalgia;
Também tu, sino velhinho,
Fazes tua a minha dor
Chorando de noite e dia.
Já fui perguntar ao vento
Que vem das bandas do norte
Se o meu amor me ouviria
A rezar cheia de alento
P’ra Deus lhe dar boa-sorte.
E ninguém, ninguém responde!
Apenas, na voz das ondas,
O mar parece dizer
Que a vida da minha vida
Não tarda que vá morrer.
Oh! Morte sê carinhosa!
Que seria de mim, a pobre
Maria da Conceição?
Ah! Senhor, antes viver
Sem um bocado de pão!
…………………
Meu amor anda perdido
Perdido ao longe no mar.
Senhora dos Navegantes,
Atendei o meu pedido,
Não o deixeis naufragar!
Fernando Augusto (sócio n.º 365 do Ateneu) - Menção honrosa -
Na senda de organizações do género, muito espalhadas pelo país, o Ateneu Comercial de Lisboa levou a efeito, em 1938, os seus 1.ºs Jogos Florais, que registaram larga afluência de concorrentes.
O Ateneu Comercial de Lisboa foi fundado por um grupo de empregados do comércio, em 10 de Junho de 1880, quando se celebrava o tricentenário da morte de Luís de Camões.
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