O Beijo
As janelas abertas estão cerradas
Com a minh’alma presa num saguão
Esperando o clamor das alvoradas
Que despertem do frio meu coração.
Não quero mais beijar esses mil espelhos
Sobejar-me a correr sem qualquer fito
Mas trespassar-m’ à luz d’alvores vermelhos
Rubores duma atracção pró infinito…
As janelas abriram-se em ti
A luz entrou em gargalhada louca
E nela vivo e sou e me perdi.
Já nada me sobeja, a paixão rouca
Sugou-me em turbilhão desapareci…
- Pois confundi-me enfim na tua boca.
Guilherme Plantier (em II Antologia de Poetas Lusófonos)
As janelas abertas estão cerradas
Com a minh’alma presa num saguão
Esperando o clamor das alvoradas
Que despertem do frio meu coração.
Não quero mais beijar esses mil espelhos
Sobejar-me a correr sem qualquer fito
Mas trespassar-m’ à luz d’alvores vermelhos
Rubores duma atracção pró infinito…
As janelas abriram-se em ti
A luz entrou em gargalhada louca
E nela vivo e sou e me perdi.
Já nada me sobeja, a paixão rouca
Sugou-me em turbilhão desapareci…
- Pois confundi-me enfim na tua boca.
Guilherme Plantier (em II Antologia de Poetas Lusófonos)
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