quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um poema para hoje


No dia dos teus anos

 

 

Silêncio.

Calem-se as gargantas,

Sufoquem os tremores da alvorada.

Deixem nascer o dia,

Deixem florescer a Primavera,

Que o dia dos teus anos seja o dealbar de nova era.

 

Silêncio.

Por um breve instante deixem que se ergam

Bem lá do fundo ou do alto não sei donde

As almas que se reveem no dia dos teus anos

Contemplando o luzir do teu olhar

Ao raiar da flor do teu encanto

 

Silêncio

Por um momento deixem que não ria

Que solenize no teu aniversário

Os primeiros passos duma aurora

Que desponta para uma eternidade

Bordada de mil desejos

 

No dia dos teus anos

Que nasças outra vez para que vivas

A vida que sonhaste.

Sorri agora. Olvida por instantes

As agruras que certamente não mereceste.

A vida talvez mereça ser vivida.
 
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)

 
 
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