sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um poema para hoje



Grão de areia
 
Não, tu não és um grão de areia.
Tens lábios de praia inteira
Que busca um beijo do mar
Que envergonhado sussurra,
Qual namorado murmura
No verde do teu olhar.
 
A distância que o separa
Dos teus olhos de ternura
É um areal de emoção.
Saudades mil te contemplam
Num passado que vincou
Marcas no teu coração.
 
Se és frágil no teu andar,
Qual flor em vaso ingrato
Que não suporta o valor
Da tua energia imensa,
Tens um mundo à tua volta
À espera do teu amor.
 
Querias ser tu a receber
O poema que escreveste
E a ti mesma dedicaste,
Fica no ar o momento
Sonhado como um lamento
Duma quimera que amaste.
 
 Aníbal José de Matos – Figueira da Foz - Portugal
 
 



 

 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Um poema para hoje

Não desistas
 
Soterrado por espinhos,
Vergado por ventanias,
Lançado às feras da v ida,
Sem esperanças nem vislumbres,
Assim vais no tempo em busca
Dos nadas que te atormentam.
 
Nas cercanias da terra
Onde as angústias te minam,
Sonhas com horizontes
Que se apagaram no poente
Da esfera em que deslizas
Rumo ao teu infinito.
 
E voltarás mais robusto
Com armaduras na fronte.
 
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal)
 
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