sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aníbal José de Matos



Regresso






Vê como adormece o Sol no horizonte
Na almofada do poente repetido,
Os pássaros se recolhem ansiosos
Escondendo-se entre a folhagem
Da noite que pressentem insegura.

Repara como o dia traz a luz
Que fugitiva se escondera no ocaso,
E as aves se agitam novamente
Na alegre surpresa do regresso
Do astro que ontem se ocultara.

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)

domingo, 24 de abril de 2011

Ibeane Campos Moreira



Páscoa de Alegria




Páscoa de alegria.
Mas teve sofrimento
O maior homem do mundo.
Sacrificou para não ver
Você sofrer.
Páscoa é aleluia,
Páscoa é ressurreição,
Páscoa é amor,
Páscoa é renascimento,
Páscoa é passagem.
Páscoa.
Tantos passam
Mas não vivem
Não conhecem esse senhor!
Páscoa é atitude:
Acolher;
Ser;
Reconhecer;
Espalhar a luz do Cristo
Vivo e ressuscitado.
Páscoa é motivo
Da razão de viver...




Ibeane Campos Moreira


IBEANE CAMPOS MOREIRA , brasileira, poetisa, pedagoga, especialista em serviço social, residente em Nova Brasília – Baía, um pequeno distrito de Ribeirão do Largo.

sábado, 23 de abril de 2011

Gilson Lira



SÁBADO DE ALELUIA



Hoje já é um sábado santo,
não é mais dia de pranto.
Tudo não passou de uma provação
que acabou na ressurreição.

Tudo não passou de um momento
em que Jesus superou o sofrimento.
Tudo não passou de um túmulo frio,
que instantes depois ficou vazio.

Tudo não passa de lágrimas que secam,
de pessoas arrependidas que oram
em busca da salvação.

Tudo não passa de uma passagem,
tudo não é mais que uma mensagem
que traduz a Ressurreição.

Gilson Lira

Gilson Lira é natural de Natal (RN) – Brasil - , passou a sua infância em Cachoeiras de Macacu (RJ) e reside em Rondonópolis desde 1973.

sábado, 16 de abril de 2011

Aníbal José de Matos

Tempo


Chorar o turbilhão das almas


Que esqueceram o tempo de regresso,


É parar no cotovelo


Das esquinas que ruíram.


Lamentar as paredes que caíram


Porque não tivemos a força


Que embrulhasse os pedaços


Num pranto sem nós e sem destino,


É parar no tempo


E pedir o sinal que não existe.




Porque a estrada é mais além,


Na curva de encruzilhadas.



Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Elisabeth Maria dos Santos


CRIANÇA, pilar do Mundo


Este milagre do amor

Tantas vezes repetido

É sempre novo e divino.

Foi semente que deu flor

E logo após concebido

Era um mundo pequenino.


A exigir atenções,

Cuidados mil, mil anseios…

Na longa espera dos meses

Bateram dois corações

De carinho sempre cheios,

De aflições, tantas vezes!...


Por fim, chegou! Ei-lo ali!

Abriu os olhos à vida

Mesmo ainda sem a ver;

A vida é que lhe sorri,

Na vitória conseguida.

Ele, chora por viver.


É preciso, é mesmo urgente

Que se prepare o caminho

Que terá de percorrer!

Não é “cinco reis de gente”,

Mulherzinha ou homenzinho…

É todo um mundo a crescer.


Elisabeth Maria dos Santos (Bethy)


Elisabeth Maria dos Santos, que usava o pseudónimo de Bethy, foi uma distinta poetisa figueirense, e uma boa Amiga que perdi há muito tempo. Não foi muito feliz nos últimos anos da sua vida.

A poesia que hoje dou à estampa, foi publicada no jornal “O Figueirense”, na sua edição de 20 de Janeiro de 1982.

Elisabeth era filha dum funcionário da Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomaz, da Figueira da Foz, de cujo nome apenas me recordo o apelido: Santos, um açoriano de gema.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eliana Isabel Teixeira


MINHA ALMA CANTA


Minha alma canta


porque ouve o canto


desse amor que encanta


essa nossa vida


Amado, ouve o meu canto


pelos quatro cantos


dessa nossa casa


Esse canto mudo


que por enquanto


é só um canto


em cada canto


Mas que traz o encanto


do que será o meu canto


muito em breve


em cada canto...


Enquanto minha alma


aguarda e canta - comovida -


o fim do pranto.



Eliana Isabel Teixeira. Eliana nasceu em São Paulo, Brasil, é licenciada em medicina e vive nos Estados Unidos da América. Escreve ocasionalmente poemas pelo puro prazer de escrever e de brincar com as palavras. Os seus livros prediletos são de escritores brasileiros e portugueses. (Em III Antologia de Poetas Lusófonos, da Folheto Edições & Design

 
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