sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aníbal José de Matos

Lá vai na barca remando...
Mais uma maré vencida...
Quem sabe lá até quando?
Lá vai a Barca da vida!


MINHA BARCA

Ilusões, eu sei lá quantas
Vi nascer dentro de mim,
E com elas mágoas tantas
Quando chegava ao fim...
Como em mar encapelado
Cabos sem esperança dobrando,
Meu coração destroçado
LÁ VAI NA BARCA REMANDO...

Em busca d enão sei quê
Nesse além que tão distante
Minh'alma sente e não vê
Por não ter a fé bastante...
Mas rema, rema ofegante
E enceta nova subida,
e a remadas de gigante
MAIS UMA MARÉ VENCIDA...

Meu navio solitário
Que voga na imensidão,
Reflete o imaginário
Da minha ténue razão.
E busca trilhos de esperança
Que o vão alimentando,
Dominando a insegurança
QUEM SABE LÁ ATÉ QUANDO?

Mas as ilusões renascem
De quando em vez com fulgor,
Como se as marés voltassem
A trazer-me o meu Amor!
E até que um dia anoiteça
Minha esperança perdida,
Até que tal aconteça
LÁ VAI A BARCA DA VIDA

Aníbal José de Matos (Jogos Florais da Fuzeta - Poesia obrigada a mote - 1992)

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