quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um poema para hoje



Lá vai na barca remando...

Mais uma maré vencida...

Quem sabe lá até quando?

Lá vai a Barca da vida!





MINHA BARCA



Ilusões, eu sei lá quantas

Vi nascer dentro de mim,

E com elas mágoas tantas

Quando chegava ao fim...

Como em mar encapelado

Cabos sem esperança dobrando,

Meu coração destroçado

LÁ VAI NA BARCA REMANDO...



Em busca d enão sei quê

Nesse além que tão distante

Minh'alma sente e não vê

Por não ter a fé bastante...

Mas rema, rema ofegante

E enceta nova subida,

e a remadas de gigante

MAIS UMA MARÉ VENCIDA...



Meu navio solitário

Que voga na imensidão,

Reflete o imaginário

Da minha ténue razão.

E busca trilhos de esperança

Que o vão alimentando,

Dominando a insegurança

QUEM SABE LÁ ATÉ QUANDO?



Mas as ilusões renascem

De quando em vez com fulgor,

Como se as marés voltassem

A trazer-me o meu Amor!

E até que um dia anoiteça

Minha esperança perdida,

Até que tal aconteça

LÁ VAI A BARCA DA VIDA



Aníbal José de Matos – Figueira da Foz – Portugal (Jogos Florais da Fuzeta - Poesia obrigada a mote - 1992)

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