domingo, 29 de dezembro de 2013

Poema do fim do ano


Refúgio

Se a solidão estrangulasse
Escolheria a roseira como último refúgio.
Talvez não sobrevivesse ao impacto dos espinhos
E as rosas tombassem sobre mim,
Ou o seu viço amortecesse a minha queda.

Ou então,
Rasgariam no meu corpo um insólito epitáfio:
Aqui jaz para quem os sonhos se esfumaram
Ante pesadelos que em teima os superaram.

O futuro é o tributo de quem deliberadamente
Abandonou o passado
E vive num presente envenenado.

 Aníbal José de Matos – Figueira da Foz – Portugal (Dezembro de 2013)

4 comentários:

Leandro Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro Rodrigues disse...

Ótimo blog. Belos poemas!

ANÍBAL JOSÉ DE MATOS disse...

Muito obrigado.
Cumprimentos do
Aníbal

dilita disse...

Muito bonito!
Gostei muito.

Dilita

 
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