sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mariano Goulart

À FIGUEIRA
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Figueira, como eu te adoro!
Figueira, terra de encanto!
Só tu ouviste meu choro,
Só tu escutaste meu pranto.
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Tristezas que tenho tido
Aí as vou acabar,
Pois só tu, oh canto querido,
É que as sabes abafar.
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Como és bela e quão formos
É o Mondego a brilhar,
Figueira, terra de gozo,
Eu não te queria deixar.
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A tua areia branquinha
Onde o sol reflecte a luz,
Onde se põe à tardinha,
Como é bela e me seduz!
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Figueira, hei-de ser forte
E dos fortes sigo o trilho;
Só me separará a morte,
Tenho-te amor, sou teu filho.
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António Mariano da Cunha Goulart, nascido na Figueira da Foz em 3 de Fevereiro de 1899, faleceu, por afogamento, num acidente de barco, na Vala da Ereira (Montemor-o-Velho), em 7 de Abril de 1926.
Acompanhavam-no na embarcação, sua companheira e a irmã, e o mecânico António Torres, que sobreviveram ao acidente no Mondego, esse Mondego que Mariano Goulart tanto cantou.
Foi presidente da direcção do Sporting Clube Figueirense, a cuja sala de leitura foi dado o seu nome, e atleta distinto, praticanto várias modalidades.
Era licenciado em Direito e exerceu a advocacia.

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