quinta-feira, 10 de junho de 2010

Porto de abrigo

Percorrer caminhos rectilíneos
Sem encruzilhadas que obstruam minha mente,
Sem ladeiras nem paredes que travem meu sentir,
Quiçá um desejo sem nexo
Que se estende num rol de enigmas.

Encontrar o almejado porto de abrigo
Com portas à mercê dos meus passos
E deparar com a lareira
Do calor do teu abraço.

Sonhos acalentados sem dormir
No espaço reservado à minha dor,
Porque só a noite permite
Metamorfoses à minha escala.

Quero encontrar-te custe o que custar
Nem que para tanto
Tenha de percorrer o espaço
Que parece intransponível.

Aníbal José de Matos – 10 de Junho de 2010

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