quarta-feira, 26 de janeiro de 2011



APELO AO VENTO

Da praia imensa a brisa te levou
De meus olhos para lá do horizonte,
E as penas que meu peito soluçou
Não vislumbro no mundo quem as conte.

E fui chorando meu choro devagar
Tal como a brisa que te afastou de mim,
E nem aquela força de te amar
Evitou que teu amor chegasse ao fim.

E esse enlevo que despertava madrugadas
E sorria sempre que chegavas
Despertando no meu leito o arrebol,

Não sei se se perdeu com o meu lamento!
Possa a brisa dar lugar ao vento
E que regresses mesmo ao pôr-do-sol.

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal) - Dezembro 2010

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