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APELO AO VENTO
Da praia imensa a brisa te levou
De meus olhos para lá do horizonte,
E as penas que meu peito soluçou
Não vislumbro no mundo quem as conte.
E fui chorando meu choro devagar
Tal como a brisa que te afastou de mim,
E nem aquela força de te amar
Evitou que teu amor chegasse ao fim.
E esse enlevo que despertava madrugadas
E sorria sempre que chegavas
Despertando no meu leito o arrebol,
Não sei se se perdeu com o meu lamento!
Possa a brisa dar lugar ao vento
E que regresses mesmo ao pôr-do-sol.
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal) - Dezembro 2010
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