quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Frei Hermano da Câmara

Minha Mãe nasci fadista
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Minha Mãe, nasci fadista,
Mora fado no meu peito,
Não se canse, não insista,
Não há ninguém que resista
Quando vive satisfeito.
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Não lhe dê maior cuidado
Este modo de cantar,
É meu Destino marcado
Quando sofro canto o fado,
Antes isso que chorar.
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Fado é triste, solidão,
Fado existe em todos nós.
Cantar fado é meu condão,
É dar fala ao coração
E dizer com esta voz:
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A cantar vivo contente,
Tenho a vida que Deus quis.
Quando o fado é permanente
Dá tristeza a quem o sente
Mas quem o canta é feliz.
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Frei Hermano da Câmara
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"O grande amor à música e em especial ao fado, vai levar o jovem D. Hermano Cabral da Câmara a juvenis fadistadas com seus irmãos. Tal não é de admirar, havendo ele nascido, em 1934, numa família de aristocratas e fadistas.
Grava o seu primeiro disco no circuito comercial em 1959, Sunset and Sentimental, onde se encontram temas ainda hoje conhecidos, como Colchetes de Oiro.
Rapidamente a sua voz, muito particular, conquistará o coração de inúmeros fãs.
Com 27 anos decide, bruscamente, tornar-se monge beneditino. Desta resolução nasce o mítico Fado da Despedida.
Ao longo dos anos, e com a abertura proporcionada pelo Concílio Vaticano II, Frei Hermano da Câmara voltará a gravar temas, marcados pela sua vocação religiosa, onde a sua voz continua a revelar o fulgor que o distinguiu."

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