Ao encontro do poeta
(No Dia Internacional da Poesia)
Fugir,
Fugir e olvidar o espaço
Onde tudo é pó e sangue!
Sangue derramado p’lo Poeta
Que chora a meus pés a dor imensa
Da sua vida nua.
Refugiar-me no infinito
Da própria dor!
Só,
Só comigo a embalar-me
Na solidão que é minha
E não reparto.
Pó da estrada poeirenta
Onde a vida é morte
E a morte é vida.
Fugir,
Fugir p’ra além, alem das nuvens,
Chorar a solidão da vida escura,
Orar a alguém que não desvenda
A imensa solidão.
Aníbal José de Matos
domingo, 21 de março de 2010
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