sábado, 16 de abril de 2011

Aníbal José de Matos

Tempo


Chorar o turbilhão das almas


Que esqueceram o tempo de regresso,


É parar no cotovelo


Das esquinas que ruíram.


Lamentar as paredes que caíram


Porque não tivemos a força


Que embrulhasse os pedaços


Num pranto sem nós e sem destino,


É parar no tempo


E pedir o sinal que não existe.




Porque a estrada é mais além,


Na curva de encruzilhadas.



Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)

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