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INCONSTÂNCIATeu rosto não tem a corDe ontem à tarde.Perdeu o som tua bocaQue dava conta do brilhoDe malícia que teus olhosTão ternos me murmuravam!Teu peito perdeu o arfarDa brisa da tarde quente.Teus lábios roxos contrastamCom o escarlate que queimavaMinha boca contorcidaE sequiosa!Metarmofose confusaGera o tom inconformadoDe inconstante sentimento!E ontem à tarde perdeu-seNa imprecisão do momento.Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)
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