sábado, 6 de outubro de 2012

Um poema para hoje


Hoje não há luar

 

Os frutos silvestres que me deste

Numa noite luarenta de Janeiro,

Tiveram o sabor das madrugadas.

Da tua boca saltaram rosas

Que traziam o perfume

De amoras colhidas na noite das mil cores.

E as estrelas sorriram pelo prazer

Que me ofereceste.

 

Hoje não há luar e a escuridão

Não deixa ver silvas nem roseiras.

 

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal)

 

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