domingo, 21 de outubro de 2012

Um poema para hoje


Demora

Com a porta entreaberta, calmamente
Esperei por ti, mas o momento
De te abraçar doce e ternamente
Quedou-se na ilusão como um tormento.

Ainda sonhei que de mansinho
No decorrer da noite já fechada
Viesse até mim o teu carinho,
Mas tudo se desfez num triste nada.

O tempo não perdoa e vai passando,
E a alma não resiste, vai penando,
Porque a noite é longa, e a esperança

Por mais que se resista, por mais forte
Que seja na procura desse norte,
Por muito que se queira, também cansa.

 
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal - 21 de outubro de 2012)

 

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