domingo, 18 de abril de 2010

Aníbal José de Matos


Impotentes

Uma barreira na estrada,
Um entrave no percurso,
Querem travar o meu caminho
E cortar as asas do meu voo.

Retiram-me os degraus da escada
E arremessam-me fantasmas
Em doses doloridas.

Defendo-me de pé
Como as árvores,
Mas despedaçam-me os ramos
Onde as flores não desabrocham.

Tentam evitar
Que mostre a minha alma
E lhes descubra os segredos
Ocultos em sombras de negrume.

Mas o resistir é a força
Dos que não adormecem
Nas madrugadas.

Aníbal José de Matos, 17.4.2010

Sem comentários:

 
contador online gratis