terça-feira, 27 de abril de 2010

Jorge Henrique Vieira Santos


Enquanto a mão tece o poema

Enquanto a mão tece o poema
outra cena acontece,
obscena.

Mas não
é obscena
a prece que se tece
entre os dedos do poema.

Entretanto,
entretece
o olho e a pena.

A cena,
que acontece
obscena,
ao mesmo olho acena
esse poema.

Jorge Henrique Vieira Santos

É natural de Nossa Senhora da Glória – Sergipe – Brasil. Licenciou-se em Letras pela Universidade Federal de Sergipe, especializando-se em Língua Portuguesa pelo IBEPEX/FACINTER.
É autor do livro de poesia MUTANTE IN SANIDADE. Tem contos e poemas publicados em diversas antologias.

Sem comentários:

 
contador online gratis