segunda-feira, 5 de julho de 2010


Esta profetisa [Sibila de Cumas] pediu a Apolo tantos anos de vida quantos os grãos de areia contidos numa mão de areia. Mas esqueceu-se de pedir a juventude. Ficou por isso tão velha, que teve de ser encerrada no templo de Apolo. Viveu nove vidas de 110 anos cada.

Ó Sibila

Ó insana profetiza que não soubeste
Pedir à eternidade a juventude
E na ânsia esquartejante não pediste
O frescor e o rubor em plenitude.

Ó insana porque quiseste
O tamanho da vida em grãos de areia
E esqueceste que a grandeza de uma vida
Se erege como teces essa teia!

Ó imprudente devias saber
Não querer essa cobiça esgueirada
Para quê viver tão longamente
Em perpétua velhice enclausurada!

Poesia enviada por Maria Almeida

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