OSMOSE !?...
Não penses meu amigo
que foges ao sentir que é teu,
quando “construindo” palavras
em tons cinzentos ou de mil cores!
… Não foges meu amigo,
elas são traçadas
pela tua mão que “cria”
através da osmose de todo o teu ser.
És tu.
A tua dimensão espiritual,
o teu passado,
que só alma revela.
O teu corpo sofrido, belo, porque humano,
anuncia para além do infinito
habitado em ti!
Escrever é catarse
do Divino que começa
e, acaba para além do teu eu,
e, em ti alcança
o sentir profundo
do universo que é teu!
Em cada palavra
és tu que lá estás,
mesmo fugindo…
Ao som clamoroso ou tempestivo.
Mesmo que tentes ser o “fingidor”
os sinos da tua aldeia
tocam sem fim e te denunciam…
E, dizem tudo aquilo
que queres dizer e não dizes
tudo o que nelas existem:
Envoltas em neblina
ou em claro amanhecer.
No fingir ou fugir
És sempre tu!...
P.S. Quando Fernando Pessoa dizia ser o poeta um “fingidor”, creio que ele queria “fugir” dele próprio. E, ele conseguiu isso nos seus diversos heterónimos. Mas, não deixou de ser ele no todo – só que efabulando.
Ouvindo, verdadeiramente, os sinos da sua aldeia, embora tenha vivido sempre, em grandes cidades. Lisboa, onde nasceu, não era mais do que uma aldeia no seu sentir de poeta.
Os sinos eram os seus… nos seus muitos e multifacetados olhares! Todos os poetas, na minha opinião, são isso mesmo… fingidores com todo o que têm dentro de si, e, ao qual podem fingir, mas, não fugir!
Poema e comentário de ZULMIRA RITO CARDOSO (membro da Igreja Evangélica Presbiteriana Figueirense) – Julho de 2010
Não penses meu amigo
que foges ao sentir que é teu,
quando “construindo” palavras
em tons cinzentos ou de mil cores!
… Não foges meu amigo,
elas são traçadas
pela tua mão que “cria”
através da osmose de todo o teu ser.
És tu.
A tua dimensão espiritual,
o teu passado,
que só alma revela.
O teu corpo sofrido, belo, porque humano,
anuncia para além do infinito
habitado em ti!
Escrever é catarse
do Divino que começa
e, acaba para além do teu eu,
e, em ti alcança
o sentir profundo
do universo que é teu!
Em cada palavra
és tu que lá estás,
mesmo fugindo…
Ao som clamoroso ou tempestivo.
Mesmo que tentes ser o “fingidor”
os sinos da tua aldeia
tocam sem fim e te denunciam…
E, dizem tudo aquilo
que queres dizer e não dizes
tudo o que nelas existem:
Envoltas em neblina
ou em claro amanhecer.
No fingir ou fugir
És sempre tu!...
P.S. Quando Fernando Pessoa dizia ser o poeta um “fingidor”, creio que ele queria “fugir” dele próprio. E, ele conseguiu isso nos seus diversos heterónimos. Mas, não deixou de ser ele no todo – só que efabulando.
Ouvindo, verdadeiramente, os sinos da sua aldeia, embora tenha vivido sempre, em grandes cidades. Lisboa, onde nasceu, não era mais do que uma aldeia no seu sentir de poeta.
Os sinos eram os seus… nos seus muitos e multifacetados olhares! Todos os poetas, na minha opinião, são isso mesmo… fingidores com todo o que têm dentro de si, e, ao qual podem fingir, mas, não fugir!
Poema e comentário de ZULMIRA RITO CARDOSO (membro da Igreja Evangélica Presbiteriana Figueirense) – Julho de 2010
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