quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aníbal José de Matos





SE EU CAIR


Se eu cair
Não me levantem,
Que estou imune às pedras pontiagudas.
Nada me fere
Nem tampouco me beliscam
As lâminas das escarpas.
Apenas e nem sempre as vozes me magoam
Quando o eco me confunde
E acerta-me na alma,
Na tentativa de dilacerar
O espírito que às vezes me consome.

Atirem-me pedras,
Rasguem-me a carne,
Mas não me tentem destruir o pensamento,
Que eu quero trilhar

Os caminhos da minha consciência.

Aníbal José de Matos (Junho de 2011) – Do livro, a publicar, com o título provisório de LETRA PARA UM FADO.

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