SE EU CAIR
Se eu cair
Não me levantem,
Que estou imune às pedras pontiagudas.
Nada me fere
Nem tampouco me beliscam
As lâminas das escarpas.
Apenas e nem sempre as vozes me magoam
Quando o eco me confunde
E acerta-me na alma,
Na tentativa de dilacerar
O espírito que às vezes me consome.
Atirem-me pedras,
Rasguem-me a carne,
Mas não me tentem destruir o pensamento,
Que eu quero trilhar
Os caminhos da minha consciência.
Aníbal José de Matos (Junho de 2011) – Do livro, a publicar, com o título provisório de LETRA PARA UM FADO.
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