O segredo de amar
O nosso amor não é desses amores
Que brilham como súbito clarão,
Com a ardência feroz duma paixão,
E a duração efémera das flores.
Não terá com certeza esses ardores,
Que transformam o peito num vulcão
E queimam tão depressa o coração,
Passados os instantes tentadores.
O nosso amor é calmo e sossegado
Cimo uma noite branda de luar
Brilhando na nudez dum descampado.
Nesse sossego de ouro transparente
É que reside p’ra quem sabe amar,
O segredo de amar eternamente.
António Amargo.
O nosso amor não é desses amores
Que brilham como súbito clarão,
Com a ardência feroz duma paixão,
E a duração efémera das flores.
Não terá com certeza esses ardores,
Que transformam o peito num vulcão
E queimam tão depressa o coração,
Passados os instantes tentadores.
O nosso amor é calmo e sossegado
Cimo uma noite branda de luar
Brilhando na nudez dum descampado.
Nesse sossego de ouro transparente
É que reside p’ra quem sabe amar,
O segredo de amar eternamente.
António Amargo.
Soneto publicado no jornal figueirense O Palhinhas (de que era redator), na sua edição n.º 7, de 12 de Agosto de 1915.
António Amargo, pseudónimo de António Correia Pinto de Almeida, foi jornalista, escritor e poeta da Figueira da Foz onde nasceu em 1895.
Foi diretor, editor e redator do jornal Gazeta da Figueira, sendo, em Lisboa, redator da Imprensa da Manhã e trabalhado em A Capital.
António Amargo, pseudónimo de António Correia Pinto de Almeida, foi jornalista, escritor e poeta da Figueira da Foz onde nasceu em 1895.
Foi diretor, editor e redator do jornal Gazeta da Figueira, sendo, em Lisboa, redator da Imprensa da Manhã e trabalhado em A Capital.
Sem comentários:
Enviar um comentário