O Mar da Minha Loucura
Se eu pudesse começar de novo
Caminhava sobre o mar,
Erguia-me rumo às estrelas
E oferecia-te flores,
Iluminava-te o rosto
Com o vermelho das galáxias,
Salpicava-te de gotas
Desse oceano imenso.
Sonhava inspirar-me
Com a sedução do mar,
Arriscar a minha vida
Em caravelas quinhentistas,
Para que pudesse ver-te
Em ondas de volúpia,
Saltitar como os golfinhos
E beijar-te.
O mar envolve-me
E fascina-me,
As vagas acalentam
E destroem os fantasmas
Que envolvem a minha vida,
E o azul reflecte-se nos teus olhos.
Se eu pudesse ver o céu
Embalava-te nas nuvens.
Quero beber deste mar
De heróis e mártires,
De sangue e de soluços,
Percorrer as entranhas
E dilatar as veias
Dessa imensidão,
Para que possa encontrar-te
E dizer quanto te amo.
Mar do meu encanto
E da minha solidão,
Se pudesse começar de novo
Mergulhava de mansinho
E navegava em barcos de papel,
Onde o desenho do teu rosto
Figurasse na proa
Duma nau imaginária.
Eu te agradeço oh mar,
Por trazeres à tona
Os meus sonhos de loucura!
Aníbal José de Matos (Junho de 2011)
1 comentário:
A poetisa de Tondela, minha Amiga Filipa Duarte, enviou-me, por e-mail, este simpático comentário:
"Que belo poema! Tocou-me o coração.
Parabéns. Vou guardá-lo!
Um abraço e tudo de bom para si."
Filipa Duarte
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