ADEUS
Que pena, Amor, ver todos os lugares
Desertos do teu corpo, a tua vida!...
Gemem as pedras por as não pisares,
Chora o silêncio a tua voz perdida…
Passa mais triste o vento pelos ares,
Levando folhas mortas, de fugida…
Nos rochedos da praia, a voz dos mares
Tem ecos de saudade e despedida…
Mas teus sinais, Amor, não se evaporam:
Revivem na canção que os búzios choram,
Nos sonhos que o mar guarda e eram teus…
E ao quebrarem-se as ondas, uma a uma,
Eu sonho ver, na fímbria de alva espuma,
Teus braços brancos a dizer-me adeus…
Daniel Duarte
O poeta, natural de Lisboa, nasceu a 16 de Janeiro de 1930.
Frequentou as Belas-Artes, tendo-se licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Obteve o primeiro prémio, com o soneto acima transcrito, nos IX Jogos Florais – V Nacionais, do Grupo Desportivo da CUF do Barreiro, em 1965.
Que pena, Amor, ver todos os lugares
Desertos do teu corpo, a tua vida!...
Gemem as pedras por as não pisares,
Chora o silêncio a tua voz perdida…
Passa mais triste o vento pelos ares,
Levando folhas mortas, de fugida…
Nos rochedos da praia, a voz dos mares
Tem ecos de saudade e despedida…
Mas teus sinais, Amor, não se evaporam:
Revivem na canção que os búzios choram,
Nos sonhos que o mar guarda e eram teus…
E ao quebrarem-se as ondas, uma a uma,
Eu sonho ver, na fímbria de alva espuma,
Teus braços brancos a dizer-me adeus…
Daniel Duarte
O poeta, natural de Lisboa, nasceu a 16 de Janeiro de 1930.
Frequentou as Belas-Artes, tendo-se licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Obteve o primeiro prémio, com o soneto acima transcrito, nos IX Jogos Florais – V Nacionais, do Grupo Desportivo da CUF do Barreiro, em 1965.
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