OUTONO
Findaram as palestras nos balcões
Sob o doce frescor das orvalhadas…
Folhas caídas ficam sepultadas
Como se fossem mortas ilusões.
Já as noites refrescam lentamente,
E lá no alto, as trémulas estrelas,
Parecem mais distantes, menos belas…
Empalidece a orla do poente.
Vejo assim as paisagens no Outono…
-Uma árvore morta, ao abandono,
Abatida no chão pela nortada…
E a haste dum lilás, mirrada, velha,
Tenta prender a última centelha
De luz que se finou cristalizada!
Findaram as palestras nos balcões
Sob o doce frescor das orvalhadas…
Folhas caídas ficam sepultadas
Como se fossem mortas ilusões.
Já as noites refrescam lentamente,
E lá no alto, as trémulas estrelas,
Parecem mais distantes, menos belas…
Empalidece a orla do poente.
Vejo assim as paisagens no Outono…
-Uma árvore morta, ao abandono,
Abatida no chão pela nortada…
E a haste dum lilás, mirrada, velha,
Tenta prender a última centelha
De luz que se finou cristalizada!
Guilhermina Pinto Cardoso (Castendo - Viseu).
Poema extraído do seu livro URZES DA BEIRA, escrito em 1942.
Na foto, a capa deste trabalho da poetisa.
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