
E Quarta-Feira de Cinzas
é já hoje
O corso desfila entre festins
E o sonho alimenta a euforia,
Um riso fugaz dorme ao relento
No rebato das cinzas duma quarta-feira.
Vejo sombras a bailar numa dança insólita
E máscaras a encobrir iniquidades,
Esgares perpassam entre serpentinas
E rodopiam em golpes de magia.
E o Rei de um dia ri, ri e recolhe, felizão,
Vassalagens e adornos à mistura.
A fantasia ornamenta a sua corte
E o imaginário põe grilhetas no real.
E quarta-feira de cinza é já hoje...
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal) - do livro de sua autoria, CONFLITOS (1992)
Sem comentários:
Enviar um comentário