sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um poema para hoje


CONNOSCO, A SOLIDÃO

Romper as barreiras do Além,
Sobrepondo-nos às sombras do poente,
Gritar na imensidão do Universo
Sem sequer saber se nos escutam.

Abraçar o impossível e chorar
Até ao infinito desta mágoa
Que nos persegue, nos dói e nos fustiga
E agora viaja a nosso lado.

O sol lançou-se há pouco no ocaso
Legando-nos um frio desgastante.

Mais vulneráveis à dor então ficámos.

Oh solidão fiel que não desarmas!

Aníbal José de Matos - Figueira da Foz - Portugal (1992)

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