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Manhã de PazCurvam-se as almasE o espírito rola sobre nós.O Pastor torna mais lentoO bater dos coraçõesE a oração leva-nos ao alto.Corre o tempo ternamenteSem que nos apresse a saída.O relógio não tem horasPorque o templo nos aconchega.Neste recolhimentoInvade-nos um manto imenso de conforto.É um domingo diferente.Percorre-nos uma acalmiaComo se a pomba da paz voasse sobre nós,Abrindo as suas asasPara nos envolver num amplexo longo e terno.É que Deus está presente.Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal) Fevereiro de 2012
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