quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um poema para hoje


LIBERDADE

Ambicionava usufruir da liberdade dos cisnes
que volteiam nos lagos do jardim,
a liberdade dum plátano verdejante
osculando as suas águas ternamente,
a própria liberdade das crianças
que aos cisnes oferecem o pão do seu amor,
a liberdade da água que goteja
nas gargantas das pombas sequiosas...

Ser livre como as almas sonhadoras
liberto do fardo dos costumes,
ser livre como as aves que me cercam
felizes pela entrega deste milho
que lhes dou em renúncia do meu ser...

Eu queria serrar os elos das correntes
que me arrastam na prisão da minha era,
aspirar profunda e livremente
a liberdade daqueles que são livres!

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal) - 1982 (Escrito junto ao antigo lago do Jardim Municipal da Figueira da Foz)

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