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LIBERDADEAmbicionava usufruir da liberdade dos cisnesque volteiam nos lagos do jardim,a liberdade dum plátano verdejanteosculando as suas águas ternamente,a própria liberdade das criançasque aos cisnes oferecem o pão do seu amor,a liberdade da água que gotejanas gargantas das pombas sequiosas...Ser livre como as almas sonhadorasliberto do fardo dos costumes,ser livre como as aves que me cercamfelizes pela entrega deste milhoque lhes dou em renúncia do meu ser...Eu queria serrar os elos das correntesque me arrastam na prisão da minha era,aspirar profunda e livrementea liberdade daqueles que são livres!Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal) - 1982 (Escrito junto ao antigo lago do Jardim Municipal da Figueira da Foz)
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