
Torrentes de alma desabam sobre alguém
Que não sustém tristezas nem angústias.
São lágrimas de sangue que percorrem
Trilhos sofridos, magoados.
E o sol esconde-se fingindo ignorar
Que a sombra deixou de projetar-se.
Descalços, há pés que correm sobre o frio
De madrugadas tingidas de cinzento,
Enquanto lágrimas completam o cenário
De vidas que não chegam a despontar.
E o sol teima em não surgir
Para estancar um choro convulsivo.
Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal)
Fevereiro de 2012.
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