terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um poema para hoje

Torrentes de alma

Torrentes de alma desabam sobre alguém
Que não sustém tristezas nem angústias.
São lágrimas de sangue que percorrem
Trilhos sofridos, magoados.
E o sol esconde-se fingindo ignorar
Que a sombra deixou de projetar-se.

Descalços, há pés que correm sobre o frio
De madrugadas tingidas de cinzento,
Enquanto lágrimas completam o cenário
De vidas que não chegam a despontar.
E o sol teima em não surgir
Para estancar um choro convulsivo.

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz – Portugal)
Fevereiro de 2012.



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