sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um poema para hoje



Ainda bem que vieste

Chegaste em fim de tarde de acalmia
Quando mal despontava a primavera,
e já o amor em meu peito era utopia,
Vergado sob o carrego da espera.

Surgiste como barco no horizonte
A quem se acena com lenços de esperança,
Serias o brotar de nova fonte,
Aliciante brinquedo de criança.

Mas se vieste apenas de passagem,
Alimentar minh'alma de coragem,
P'ra que de novo vivesse sonho lindo,

Quero dizer-te, Amor, sem ironia,
Mesmo sabendo perder-te algum dia,
Foi bom que mesmo assim tivesses vindo!

Aníbal José de Matos (Figueira da Foz - Portugal)

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